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sexta-feira, 25 de maio de 2018

VII Seminário Integrado Linguagem e Cognição (VII SILC): 23, 24, 25, 26 e 27 de julho de 2018

Nesta sétima edição, contaremos com o destacado filósofo Otávio Bueno, Professor e Pesquisador da Universidade de Miami (EUA). 

Aproveitamos a ocasião para apresentar à comunidade o estado da arte das pesquisas de alguns Professores e de Estudantes de PIBIC do Curso de Filosofia vinculados ao Grupo Linguagem e Cognição.

Para informações adicionais, favor escrever para o Professor Marcos Silva: marcossilvarj@gmail.com


Programação:

Todas as atividades serão no Auditório do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA) da Universidade Federal de Alagoas (UFAL)

23 de julho de 2018 - Segunda-Feira

14h às 15h - Professor Marcus José Alves de Souza (UFAL): Sobre Teorias da Linguagem

15h15min às 15h45min - Luiz Henrique da Silva Santos (UFAL): Critérios de Ação e Verdade: Contra o Neopirronismo

Intervalo

16h às 16h30min - Acácio da Silva Ferreira (UFAL): Brandom e o Seu Antirrealismo Acerca dos Princípios Lógicos

16h30min às 17h - Cinthya Fernandes (UFAL): Consequências da Noção de Lógica como um Jogo

17h às 18h - Professora Juliele Sievers (UFAL): Sobre Paradoxos e Contradiçōes na Filosofia do Direito

Intervalo

18h15min às 19h30min - Professor Otávio Bueno (University of Miami): Sobre a Revisão da Lógica


24 de julho de 2018 - Terça-Feira

14h às 15h - Professor Marcos Silva (UFAL): Converta o Rei! Sobre Conflitos Lógicos entre Realistas e Antirrealistas

15h15min às 15h45min - Deyvisson Fernandes (PUC-RJ): Em Defesa de um Antirrepresentacionalismo Moderado

Intervalo

16h às 16h30min - Rogério Braga (UFAL): Sobre a Normatividade na Filosofia do Direito

16h30min às 17h - Danilo dos Santos Calheiros (UFAL): Saber Como x Saber Que

17h às 18h - Professor Ricardo Rabenschlag (UFAL): Desafios do Naturalismo Contemporâneo

Intervalo

18h15min às 19h30min - Professor Otávio Bueno (University of Miami): Sobre o Nominalismo em Filosofia da Matemática

25 de julho de 2018 - Quarta-Feira

14h às 18h (Minicurso) - Professor Otávio Bueno (University of Miami): Ceticismo e Naturalismo 

26 de julho de 2018 - Quinta-Feira

14h às 18h (Minicurso) - Professor Otávio Bueno (University of Miami): Ceticismo e Naturalismo 

27 de julho de 2018 - Sexta-Feira

14h às 18h (Minicurso) - Professor Otávio Bueno (University of Miami): Ceticismo e Naturalismo 

Resumos


Convert the King! On Logical Conflicts Between Realists and Anti-Realists 


Marcos Silva 

Here I address the following questions: how can we rationally justify our logical principles if the very possibility of rational justification presupposes them? How can we use reason to ground a set of basic principles of reason as the correct one without circularity or any infinite regress? My proposal aims at developing some tenets presented in Wittgenstein’s On Certainty by offering an integrated pragmatist view about the possibility of non-classical logics and logical pluralism. I then apply Wittgenstein’s hinge epistemology and his anti-realism into the discussion about rival logics. Accordingly, I reject a realist approach to logic and propose a view in which the nature of logical principles is related to Moorean propositions. I aim to show that, if logical principles are to be taken as Moorean propositions, we have to acknowledge the role that education, institution, and conversion play in our inferential practices.

Here I address the foll
Critérios de Ação e Verdade: Contra o Neopirronismo

Luiz Henrique da Silva Santos

O discurso neopirrônico de Porchat (1991) traz a constatação de que, pela falta de um critério neutro que valide a verdade de sistemas filosóficos, é impossível a colocação de qualquer tese que seja. O cético não teria, desse modo, teses filosóficas, mas uma atitude que pode ser elucidada. A dita fase positiva ou prática da atitude do neopirrônico é composta por um momento fenomênico, relacionado intimamente com a ideia de bíos ou vida comum. Na base da explicação para essa noção figura uma distinção entre critério de verdade e critério de ação. Apresentamos essas noções elencadas pelo cético a fim de avaliá-las criticamente. Desse modo, a partir de uma abordagem pragmatista, argumentaremos a favor de que as noções sejam entendidas de uma maneira diferente. Defendemos que, apesar de comporem instâncias normativas distintas, os critérios não são opostos, mas complementares. O critério de verdade nós identificamos com o que chamamos de caráter de regra da simplicidade. A partir dessa abordagem, poderia ser o caso que o caráter de regra fosse tomado como um (de vários) critério(s) de ação. Uma consequência dessa complementaridade é a tomada do realismo metafísico de Frege (1918) como a expressão de uma concepção na qual o critério de ação é reduzido ao caráter de regra. Procuramos mostrar que o trabalho filosófico caracterizado por essa redução se dá no interior da própria bíos, de maneira tal que mesmo o filosofar clássico faz parte da vida comum.

Brandom e o Seu Antirrealismo Acerca dos Princípios Lógicos
Acácio Ferreira

Nesta comunicação, viso apresentar um projeto de pesquisa que tem por objetivo afirmar que a abordagem elaborada e defendida pelo filósofo Robert Brandom acerca da natureza da lógica e dos princípios lógicos é uma abordagem antirrealista. Na filosofia da lógica, abordagens que defendem a visão de que constantes lógicas denotam objetos abstratos da realidade e que, portanto, princípios lógicos descrevem os aspectos mais fundamentais da realidade, isto é, sua estrutura última, são consideradas abordagens realistas. Por outro lado, abordagens que rejeitam tal visão, são consideradas abordagens antirrealistas. Brandom propõe que concebamos a lógica em termos de expressão, na qual, o vocabulário lógico básico teria o papel não de representar algo da realidade, mas sim de tornar explícito as relações inferenciais implícitas em nossas práticas semânticas. Para Brandom, os princípios lógicos emergem de nossas práticas semânticas, com o intuito de exercer um papel normativo para com as mesmas, são critérios que usamos para avaliar e corrigir nossas práticas de usar conceitos. Neste projeto, buscaremos construir argumentos que endossem a tese levantada.

Consequências da Noção de Lógica como um Jogo
Cinthya Daniele da Silva Fernandes Em 1929’30, discussões entre Ludwig Wittgenstein com membros do Círculo de Viena compuseram o Wittgenstein und der Wiener Krei (1967). Dentre os diversos temas debatidos nessa obra, algumas metáforas de jogos se encontram presentes como ferramentas de compreensão de alguns aspectos da lógica, como por exemplo, na crítica do Wittgenstein intermediário ao programa de David Hilbert. Um outro autor que também é citado nas WWK, é Gottlob Frege, este também faz uso de metáforas de jogos em suas críticas aos formalistas. Desse modo, temos por objetivo compreender o contexto das discussões acerca da noção de jogo, inserida nos debates do WWK. Para isso, buscamos identificar as diferenças nos usos de metáforas que envolvem jogos usadas por Frege e Wittgenstein, a fim de desenvolver possíveis consequências de suas aplicações.

Desafios do Naturalismo Contemporâneo
Ricardo Rabenschlag
Contemporaneamente, o debate entre fisicalistas reducionistas e não reducionistas concentra a maior parte da atenção dos filósofos que defendem o naturalismo metafísico ou ontológico. Após uma breve exposição dos principais argumentos de ambos os lados desta longa controvérsia, faremos uma avaliação crítica sobre a pertinência deste debate, com base numa apreciação mais ampla do naturalismo ontológico moderno e das suas relações com a tradição metafísica clássica. 

Em Defesa de um Antirrepresentacionalismo Moderado
Deyvisson Fernandes
Recentemente, alguns filósofos da mente e cientistas da cognição vêm desenvolvendo tendências alternativas àquelas até então bem estabelecidas, a fim de reconceber a natureza da cognição. Nesse cenário, três apostas foram feitas, quais sejam: a (i), e, para muitos, a mais intuitiva, foi a representacionalista, que define a mente essencialmente em termos de manipulação de conteúdo representacional; a (ii) foi a anti-representacionalista (radical), que sustenta que nossos atos cognitivos não envolvem conteúdo de algum tipo; por fim, a (iii), que eu chamei aqui de “anti-representacionalista moderada”, assegura que representação não é o traço definidor [constitutivo] da cognição. Além disso, a aposta (iii) afirma que existem algumas formas de cognição que representam o mundo de um modo que pode não corresponder ao que o mundo é, ou seja, formas de cognição que assumem condições de correção. Longe de ser uma posição sobre todas as formas de cognição (como ‘i’ e ‘ii’, por exemplo, são), o anti-representacionalismo moderado aceita aspectos positivos de ambas as visões (‘i’ e ‘ii’), ao passo que se distancia das suas confusões conceituais, oriunda dos seus radicalismos. Partindo de alguns pressupostos da filosofia de Hutto & Amp; Myin (especialmente 2013; 2017), eu sustentarei que temos boas razões para aceitar a aposta (iii). Como um resultado, a aposta (iii), ao menos na minha formulação, deve apontar para um possível caminho para reconcebermos a natureza fundamental da cognição. Assim, nesse processo de reconcepção, o anti-representacionalista moderado deve lidar satisfatoriamente com os seguintes problemas: I. O que ganhamos, especialmente no âmbito explanatório, se aceitarmos essa “reconcepção” pretendida pelos jogadores da aposta (iii)? II. Qual é o status epistêmico do anti-representacionalismo moderado? III. O que significa perceber sem representar? IV. Quais são os limites do anti-representacionalismo moderado? V. Como o anti-representacionalista moderado explica o surgimento de estados cognitivos representacionais? VI. Como entender a possibilidade do erro na percepção nessa versão moderada de anti-representacionalismo? 

Fonte: Página do Seminário Integrado Linguagem e Cognição (SILC)