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quarta-feira, 10 de julho de 2013

A Racionalidade da Arte segundo Aristóteles - 23 Julho 2013



A coordenação do Clinamen– Seminário Permanente de Filosofia – convida toda a comunidade acadêmica para prestigiar a palestra A Racionalidade da Arte segundo Aristóteles, a ser ministrada pelo Professor Tiago Penna no dia 23 de julho (3ª-feira), a partir das 18h, no auditório do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA).


Currículo Lattes do Palestrante:


Resumo da Palestra:

No corpus aristotélico, especialmente na Ética a Nicômaco, na Metafísica, e na Poética, a arte é definida ora como uma capacidade raciocinada de produzir, ora como um juízo geral acerca de seres ou ações que possuem atributos em comum, obtidos através da experiência. Já a arte poética, é definida essencialmente como mimesis de ações de homens que operam através de agentes (especialmente no que concerne às artes dramáticas). Sendo assim, a capacidade de produzir (poiésis) se distingue da capacidade de agir (práxis), pois no caso da arte, a obra de arte (fruto da atividade artística), e o agente inteligente que ordena a matéria segundo uma forma específica, são diferentes entre si, permitindo definir a atividade artística a partir das quatro causas estipuladas por Aristóteles (material, formal, eficiente e final). Do ponto de vista epistemológico, nos interessa analisar o lógos distintivo da atividade criativa, própria da arte. Neste sentido, tal racionalidade é universal, embora se debruce sobre a contingência e o particular, próprios do contexto da ação e da produção, de modo que se faz necessário, portanto, também distinguir a racionalidade da arte da phrônesis (habitualmente traduzida como prudência ou sabedoria prática), pois Aristóteles considera tácita a distinção entre agir e produzir.